Junho é conhecido por ser o mês do orgulho LGBT+, em homenagem à manifestação que ocorreu no dia 28 de junho de 1969, liderada pela drag queen Marsha P. Johson, no bairro de Greenwich Village, em Nova York, Estados Unidos.
Na região, existiam diversos bares gays e o mais conhecido entre eles era o Stonewall Inn, que também reunia transexuais e drags. Ainda marginalizados, esses comércios sofriam repressão policial contra seus funcionários e frequentadores. Na noite de 28 de junho de 1969, mais uma ação policial aconteceu no Stonewall, mas pela primeira vez, parte da clientela resolveu reagir ao conflito. O confronto durou até o dia 3 de julho, com barricadas sendo construídas para defender as redondezas.
Desde então, o dia 28 de junho ficou conhecido como o Dia Internacional do Orgulho LGBT+, uma vez que um ano depois, em 1970, a comunidade mobilizou a primeira marcha do orgulho – ou da libertação – em diversas cidades dos Estados Unidos, tais como Chicago, Nova York, Los Angeles e San Francisco, buscando defender o direito de não serem presos e/ou atacados por conta de orientação sexual.
Junho, portanto, é conhecido por uma intensa atividade relacionada à temática LGBT+ em diversos países, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de uma sociedade livre de preconceitos, mas também, para incentivar políticas voltadas a esse público.
Entre os eventos no Brasil, merece destaque a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, que figura entre as maiores do mundo. Ainda na programação para o mês de junho, também merece mencionar a 3º edição do Festival Vórtice – maior festival de sexualidade na arte contemporânea do Brasil –, que segue em cartaz até o dia 30 de junho no Edifício Vera, no coração do Centro Histórico de São Paulo.
Em um espaço expositivo de 195m², o público poderá conferir uma seleção de aproximadamente 120 obras, entre elas pinturas, esculturas e fotografias, que representam símbolos de feminilidade e masculinidade, corpos dissidentes, identidade de gênero e fetiches.
“Essa edição cresceu bastante em comparação aos anos anteriores [2022 e 2023]. Inclusive, além da arte homoerótica – que era a temática principal das outras edições –, para esse ano nós buscamos trazer obras que pudessem retratar a sexualidade como um todo – identidade de gênero (trans), fetiches, corpos dissidentes, feminilidade (artistas héteros) e arte Queer, por exemplo”, explica Paulo Cibella, diretor do Vórtice Cultural e um dos idealizados do festival.